quarta-feira, 1 de junho de 2011

E as 7 Maravilhas eleitas são:

Maravilhas Culturais:

Igreja de São Pedro de Lourosa


A igreja de São Pedro de Lourosa é um dos raros edifícios religiosos pré-românicos em Portugal, sendo exemplar único em todo país e um dos mais antigos templos de toda a Península Ibérica (datado de 912). É provavelmente o mais notável monumento religioso da reconquista cristã, foi classificada como monumento nacional pelo Decreto 2445, DG 118, de 14-06-1916.




Igreja Paroquial de S.Gião

 A Igreja Paroquial de S. Gião tem como titular S. Gião (São Julião), atribuindo-se-lhe o estilo D. João V com influências barrocas. As proporções, dispostas em altura, e as obras de talha e pintura, destacam-se na região pela sua qualidade artística e ímpar beleza. Por ser templo tão notável pela dimensão, pelas obras de pintura e talha que possui e pelo considerável valor das suas alfaias litúrgicas, o arcebispo de Coimbra, D. Manuel Viera de Matos, ter-lhe-á chamado Catedral das Beiras, designação que ainda hoje se usa para identificar o monumento e exprimir a sua rara imponência.








              Palheiras dos Fiais

As Palheiras dos Fiais, como o nome indica, estão localizadas nos Fiais da Beira, na freguesia de Ervedal da Beira. São um conjunto de 75 casas de pedra solta de granito toscamente aparelhado, cobertas de telha Lusa, implantadas em maciço granítico de dimensão apreciável, exposto ao sol. fenos, palhas e folhelhos de milho). Constitui um local de grande interesse patrimonial, pela sua magnitude e singularidade e pela história rural que testemunha. 



     Ponte medieval de Alvôco das Várzeas

Embora a tradição popular a apelide de ponte romana, é medieval e terá sido construída no século XIV, é de estilo românico-gótico, possuidora de dois arcos. É um imóvel bem preservado onde a História se encontra com a natureza, emoldurado que está pela serra, pelas várzeas e pelas águas cristalinas do rio Alvôco. A ponte está classificada como imóvel de interesse público pelo Decreto 2/96, DR 56, de 06-03-1996.




   Ruínas do castelo de Avô

O Castelo ergue-se numa elevação granítica ladeada pelo rio Alva e pela ribeira de Pomares. Atribui-se a sua fundação aos romanos mas ninguém pode assegurar que não tenha origens posteriores, godos e árabes. Foi senhorio de D. Afonso Henriques e pertenceu a Dona Urraca Afonso, sua filha bastarda.
 Foi Classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto 45 327, DG 251, de 25-10-1963.




Ruínas romanas da Bobadela

 A cerca de 3 km a oeste da sede do concelho, existem vestígios valiosíssimos de uma antiga cidade romana datados da segunda metade do século I ou primeira metade do século II. O ponto de grande atracção é o arco romano de volta perfeita onde seria possivelmente a entrada/saída Este do fórum. Outros vestígios foram encontrados, nomeadamente, lápides, uma das quais com a inscrição splendidissima civitas que atesta a importância desta civilização. As ruínas romanas da Bobadela constituem um monumento cultural importante sendo uma das atracções de excelência do concelho. Classificado pelo Decreto 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910; 26 519, DG 87, de 15-04-1936.



Santuário de Nª Sr.ª das Preces

Localizado junto à aldeia de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez. A sua origem remonta à segunda metade do século XIV. A sua construção terá decorrido durante os séculos XVIII e XIX. O conjunto é envolvido por um parque florestal de raro valor e de onde se desfruta uma panorâmica belíssima sobre a região. Espaço de excepcional grandeza arquitectónica, religiosa e paisagística é, por isso, exemplar único na região. 





Maravilhas Ambientais:  

Açude da Moenda
O Açude da Moenda, uma represa construída no século XVIII, em alvenaria de pedra cujo propósito era servir de irrigação aos campos agrícolas a jusante do açude e o de manter em funcionamento um moinho movido a água, situa-se nas margens do rio Alvôco.. No Verão, a praia fluvial de Alvôco das Várzeas convida ao mergulho e a apreciar a magnífica beleza natural do meio envolvente.






Açude do Ervedal da Beira
A pouca distância de Ervedal da Beira e alimentado pelo rio Seia localiza-se este imponente açude com uma queda de água de dez metros de altura e que forma, no seu cabeço, um esplêndido espelho de água de rara beleza. É sem dúvida, um excelente local de interesse turístico, particularmente, ao nível do ecoturismo com destaque para a observação de aves ou da prática do turismo de lazer.










Jardim do Santuário de Nª Sr.ª das Preces
Integrado no santuário de Nª Srª das Preces, junto à aldeia de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez, podemos observar um verdadeiro jardim botânico dotado de grande biodiversidade de espécies florestais autóctones e exóticas. Num pequeno passeio é possível observar desde árvores centenárias, às majestosas sequóias, espécies exóticas, e outras espécies de grande valor botânico da flora portuguesa. 






          Monte do Colcurinho

O Monte do Colcurinho está situado na Serra do Açor a uma altitude máxima de 1242 metros e faz parte da Freguesia de Aldeia das Dez. O seu nome remonta, consoante as versões, à presença dos Lusitanos e dos Romanos. É um local privilegiado e de rara beleza que advém do vastíssimo horizonte que se estende da Estrela ao Caramulo e do Montemuro ao Açor. É, provavelmente, um dos locais de onde melhor e, com mais encanto, se pode assistir quer ao nascer, quer ao pôr-do-sol.




Tília
Situada no adro da Igreja Matriz de Oliveira do Hospital, perto da Capela dos Ferreiros, encontramos uma das maiores, senão a maior árvore centenária desta espécie em Portugal com cerca de vinte e cinco metros de altura e perto de sete metros de perímetro. Constitui um imponente exemplar cuja copa, com um diâmetro de mais de vinte e oito metros, pode ser observada em toda a sua magnificência a partir da Primavera. 









Vale do Alva
Pelo Vale do Alva corre o rio de mesmo nome que nasce a montante do Sabugueiro. A bacia hidrográfica que percorre todo o Vale do Alva constitui uma mais-valia com inúmeras praias fluviais como as de São Gião, Caldas de São Paulo, S. Sebastião da Feira e Avô. As margens deste rio encimadas por densas zonas verdejantes representam um regalo para a vista. 








              Varandas de Avô
Nas varandas de Avô podemos encontrar um magnífico miradouro, miradouro de “Varandas de Avô”, que recebeu o seu nome da Rainha D. Amélia, a qual era, reza a história, visita assídua deste local. Deste miradouro pode observar-se a beleza arquitectónica da vila de Avô, emoldurada pelo rio Alva, pela ribeira de Pomares e pelas sublimes paisagens de montanha que a circundam: a Serra do Açor, o Monte do Colcurinho, a Serra da Estrela e a Serra da Lousã. 





Espectaculo de Divulgação das 7 Maravilhas Culturais e Ambientais de Oliveira do Hospital.

 

Domingo, dia 29 de Maio, 21 H., Casa da Cultura
Este espectáculo foi o culminar de um projecto idealizado pela turma do 12.ºF, um Curso de Educação e Formação - Técnico de Informação e Animação Turística da Escola Secundária de Oliveira do Hospital, e coordenado pelos professores Célia Lourenço e José Carlos Santos. Este consistiu na pesquisa do património cultural e ambiental concelhio e na nomeação de 10 propostas de património cultural e 10 de património ambiental que foram votadas pelo público (oliveirense e não só), entre os dias 26 de Abril e 15 de Maio (votação online e através de telefone). A votação teve grande adesão, tivemos um total de 4998 votos (3848 online, 1150 telefone).
Esta iniciativa, que contou, desde início, com a colaboração da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, visa o conhecimento, valorização e preservação do património e pretende promover o turismo sustentável no concelho.
 No decorrer deste espectáculo foram divulgadas as 7 maravilhas de património cultural e as 7 de património ambiental eleitas.
 O espectáculo foi diversificado, incluiu ginástica, música e o filme das 20 maravilhas nomeadas e, finalmente, a divulgação das 14 eleitas.

21H00 – Gravações sonoras de campo de Luís Antero

21H10 – Apadrinhamento do evento por Hélder Reis (RTP)
              Apresentação de espectáculo por Pedro Coelho (ex-aluno da ESOH)

21H25 – Actuação do Grupo de Ginástica da Escola Secundária de Oliveira do Hospital
 Este é um grupo de excelência da Escola Secundária, grupo formado há 6 anos e constituído por 40 alunos e alunas e treinado pela prof. Irís Tita e que tem recebido diversos troféus pela sua prestação e elevada qualidade)
21H35 – Apresentação do filme das 10 Maravilhas Culturais nomeadas.
Este filme acerca das 10 maravilhas de património cultural nomeadas, foi da autoria do prof. José Gonçalves da Escola Profissional, Eptoliva, com a colaboração dos alunos e professores da Escola Secundária.
21H45 – Actuação da Tuna de S. António do Alva
Tuna de grande valor do concelho, a Tuna de Cantares do Alva, oriunda de Santo António do Alva, foi fundada em 1997.
22H00 – Apresentação do filme das 10 Maravilhas Ambientais nomeadas
22H10 – Actuação do Grupo de Cantares de Vila Pouca
Mais uma presença musical concelhia, o grupo de cantares de Vila Pouca da Beira, fundado em Junho de 2009

22H25 – Intervalo
22H35 – Revelação das 7 Maravilhas Culturais eleitas com a projecção de um filme / Entrega dos troféus pelos Sr. Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, da Sr.ª Vereadora do Pelouro da Cultura, do Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara, do Sr. Director e da Sr.ª Subdirectora da Escola Secundária de Oliveira do Hospital, aos presidentes de Junta de freguesia envolvidos.
23H05 – Revelação das 7 Maravilhas Ambientais / Entrega dos troféus aos presidentes de Junta de freguesia respectivos pelas mesmas entidades. Foram também entregues troféus aos presidentes de junta de Freguesia cujas maravilhas culturais e ambientais estiveram nomeadas, porque apesar de não eleitos esses espaços e lugares não deixam de ser especiais. Quase no fim do espectáculo foi dada a palavra final aos Sr. Presidente da Câmara e ao Sr. Director da Escola Secundária que enalteceram o valor deste projecto.
23H35 – Encerramento do espectáculo com a Filarmónica Fidelidade de Aldeia das Dez
Uma das Associações mais antigas do Concelho de Oliveira do Hospital, a Filarmónica Fidelidade de Aldeia das Dez, fundada em 1856 e que se encontra num momento de rejuvenescimento, apresentando um reportório moderno. 

Os grupos musicais foram, também, uma demonstração do património cultural imaterial riquíssimo do concelho de Oliveira do Hospital.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Convite

As votações terminaram e o dia da Grande Festa para Revelação das 7 Maravilhas Culturais e Naturais do Concelho de Oliveira do Hospital aproxima-se.







Apresenta-se agora o Programa do Espectáculo de Divulgação das 7 Maravilhas. 





quinta-feira, 21 de abril de 2011

Conferência de Imprensa

No próximo dia 26 de Abril de 2011 (data de início das votações), pelas 17:00h, realizar-se-á uma conferência de Imprensa no anfiteatro da Escola Secundária de Oliveira do Hospital,  com o propósito de divulgar este evento e esclarecer algumas questões relacionadas com o mesmo. Esta terá a presença da Câmara Municipal, Presidentes de Junta de Freguesia e todos os orgãos da comunicação social da região bem como os professores e alunos responsáveis pelo projecto. 


Os temas a abordar serão:

- Como nasceu a ideia;
- Como chegámos a estas 20 maravilhas;
- O objectivo principal: valorizar o concelho e não estabelecer bairrismos.
 -Seguem-se as perguntas dos jornalistas.
 
Contamos com a sua presença e colaboração na Eleição das 7 Maravilhas Naturais e Culturais de Oliveira do Hospital. 




terça-feira, 19 de abril de 2011

As Maravilhas nomeadas são:

Eleição das 7 Maravilhas de Património Cultural e Ambiental do Concelho de Oliveira do Hospital 
Como já foi noticiado em vários meios de comunicação local, a turma do 12.º F (Curso de Educação e Formação - Técnico de Informação e Animação Turística), da Escola Secundária de Oliveira do Hospital, desenvolveu um trabalho de pesquisa acerca do património cultural e ambiental concelhio, sob coordenação dos professores Célia Lourenço e José Carlos Santos, e está agora em condições de apresentar as 20 maravilhas nomeadas (10 em cada categoria).
Solicita-se a todos os oliveirenses e a todos os cidadãos que gostam desta região do interior beirão que votem na maravilha (uma de património cultural e uma de património ambiental) da sua preferência. As 7 mais votadas pelo público serão eleitas as 7 maravilhas do património cultural e ambiental do Concelho. A votação decorre durante 3 semanas, entre os dias 26 de Abril e 15 de Maio e pode ser concretizada de duas formas, a saber, votação online na página da Escola Secundária de Oliveira do Hospital http://www.esoh.pt/ ou através do número de telefone da Escola 238600740, nos dias úteis, entre as 9horas e as 17 horas.
Esta iniciativa, que tem a colaboração da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, visa o conhecimento, valorização e preservação do património e pretende promover o turismo sustentável no concelho.
 A divulgação dos resultados da votação terá lugar num espectáculo organizado pelos alunos do 12.º F e pela Câmara Municipal no dia 29 de Maio, pelas 21 horas, no largo Ribeiro do Amaral, na cidade de Oliveira do Hospital.

PATRIMÓNIO CULTURAL – As 10 Maravilhas nomeadas

Anta da Arcaínha

A Anta (ou dólmen) da Arcaínha fica situada num planalto que se estende da Sobreda aos Fiais, junto de grandes afloramentos graníticos, mais especificamente, situa-se a Sul do Seixo da Beira, de que dista 1300 metros e a Este de Aldeia Formosa, de que dista 1000 metros. Este monumento remonta ao período Neolítico e trata-se de um megálito usado para o enterro colectivo de pessoas. Tem 8.5 m de comprimento, dos quais 4.5 m conservados de corredor, que conta com 5 esteios; a câmara, com 3 metros de largura, é constituída por 9 esteios; a servir de tampa tem uma enorme laje. Em 2008 realizaram-se trabalhos arqueológicos e de requalificação na Anta, tendo sido encontrados importantes vestígios arqueológicos, em geral datáveis do período neolítico final (pontas de seta, de sílex, várias lamelas, algumas de quartzo e hialino ou cristal de rocha). Foi classificada como imóvel de interesse público pelo Decreto 42 692, DG 276 de 30-11-1959.


Capela dos Ferreiros

Mandada construir por Domingos Joanes, por volta de 1279, o templo, actualmente anexado à igreja matriz de Oliveira do Hospital, contém os túmulos do fundador e da mulher Domingas Sabachais. Estes são constituídos por duas arcas de granito, sendo as tampas feitas de pedra de Ançã. A pequena capela alberga, também, a estátua equestre de um cavaleiro medieval possivelmente uma das primeiras estátuas equestres feitas na Europa, que constitui o Ex-Libris da Cidade e do próprio Concelho e que é a estátua do Cavaleiro de Oliveira - Domingos Joanes montado no seu cavalo. Ainda no interior pode-se observar um retábulo gótico policromado em pedra. Tem o pavimento, as paredes e o tecto em pedra lisa e aparelhada. Exteriormente a parede apresenta fiadas de pedra aparelhada e guarnecida de contraforte em dois degraus.
Esta capela é um dos mais importantes espaços funerários góticos nacionais, pela relevância das suas obras, mas também por ser das poucas capelas sepulcrais baixo-medievais privadas que se conservou até hoje. Dela disse o insigne Miguel Torga: "Quem quiser ver a Idade Média ao natural venha aqui a esta espantosa capela dos Ferreiros. A cavalaria, a religião e o amor, tudo na sua pureza natural". Foi Classificada como Monumento Nacional pelo Decreto 26 500, DG 79, de 04-04-1936


                                                              Convento do Desagravo
                                                                              
O convento do desagravo é um edifício do século XVIII-XIX e constitui uma das construções mais ricas de Vila Pouca da Beira. Depois da utilização do imóvel como clausura das irmãs franciscanas, foi hospital civil, colónia de férias e alojamento de regressados das ex-colónias portuguesas. Recentemente foi convertido em unidade hoteleira, conhecida por Pousada de Vila Pouca da Beira ou Convento do Desagravo.
A edificação é constituída por um claustro de quatro arcos simples, uma igreja dividida em coro e parte destinada ao culto, a porta é lateral, rectangular, enquadrada de pilastras, domina a grande janela superior, ladeada de dois nichos vazios, levantando-se acima da empena uma grande cruz. A entrada da portaria, rectangular, acompanha-se de pilastras e cimalha em traçado de frontão curvo. A torre eleva-se ao lado do extremo da capela-mor. A galeria superior é descoberta, existindo unicamente algumas colunas que servem de suporte a uma cobertura, obras da fase hospitalar. Sobre uma parede levanta-se o campanário, de duas sineiras de desigual altura.
Emoldurada por um jardim que conserva as suas características iniciais, dispõe de uma vista deslumbrante para as serras da Estrela e do Açor.

Igreja de São Pedro de Lourosa

A igreja de São Pedro de Lourosa é um dos raros edifícios religiosos pré-românicos em Portugal, sendo exemplar único em todo país e um dos mais antigos templos de toda a Península Ibérica (datado de 912). A sua planta ou o que se pode reconstituir do seu plano original é uma derivação extremamente fiel dos modelos asturianos do século IX, com narthex, corpo de três naves, separadas entre si por arcarias triplas de arco em ferradura e nave transversal com cruzeiro dominante. Este laço ao mundo asturiano é reforçado por outros elementos artísticos, como a presença de modilhões de rolos, um medalhão circular de decoração geométrica e, principalmente, um altar decorado com a típica cruz asturiana, peça resgatada aquando dos trabalhos de restauro mas que, posteriormente, veio também a desaparecer. Remodelada nos anos 30 do século XX, a igreja de S. Pedro de Lourosa é uma obra de vulto, dotada de um programa volumétrico ambicioso, devido, certamente, ao estabelecimento de colonos asturianos na bacia do rio Alva. É provavelmente o mais notável monumento religioso da reconquista cristã, foi classificada como monumento nacional pelo Decreto 2445, DG 118, de 14-06-1916. 


Igreja Paroquial de S.Gião

Situada a aproximadamente 10 quilómetros de distância da sede de concelho a Igreja Paroquial de S. Gião tem como titular S. Gião (São Julião), atribuindo-se-lhe o estilo D. João V com influências barrocas. Pode ler-se a data de 1756 (MDCCLVI) na porta principal, e apresenta-se no seu conjunto e no seu recheio como edifício da segunda metade do século. As proporções, dispostas em altura, e as obras de talha e pintura, destacam-se na região pela sua qualidade artística e ímpar beleza. Tendo ruído em 1916, foi reerguida com o material antigo e outro a imitá-lo, sofrendo leves alterações. Contém pinturas setecentistas, da vida de Cristo, da Virgem e dos santos, restauradas em 1946 pelo pintor e decorador conimbricense, Álvaro Eliseu. Por ser templo tão notável pela dimensão, pelas obras de pintura e talha que possui e pelo considerável valor das suas alfaias litúrgicas, o arcebispo de Coimbra, D. Manuel Viera de Matos, ter-lhe-á chamado Catedral das Beiras, designação que ainda hoje se usa para identificar o monumento e exprimir a sua rara imponência.


Palheiras dos Fiais

As Palheiras dos Fiais, como o nome indica, estão localizadas nos Fiais da Beira, na freguesia de Ervedal da Beira. São um conjunto de 75 casas de pedra solta de granito toscamente aparelhado, cobertas de telha Lusa, implantadas em maciço granítico de dimensão apreciável, exposto ao sol. O aspecto e tradição local apontam antiguidade, que pode remontar a alguns séculos. As palheiras e as lajes (nome dado ao maciço granítico) estiveram e, ainda estão, associadas ao processo de cultivo, produção e preparação de cereais (centeio, trigo e milho) e na conservação de produtos deles derivados (fenos, palhas e folhelhos de milho). Constitui um local de grande interesse patrimonial, pela sua magnitude e singularidade e pela história rural que testemunha.



 Ponte medieval de Alvôco das Várzeas
Embora a tradição popular a apelide de ponte romana, é medieval e terá sido construída no século XIV, é de estilo românico-gótico, possuidora de dois arcos. O arco principal é uma curva quebrada e de grande abertura, o outro é menor e de traçado semicircular irregular, o tramo da margem direita é mais extenso e muito inclinado, no total mede cerca de 70 metros de comprimento. É um imóvel bem preservado onde a História se encontra com a natureza, emoldurado que está pela serra, pelas várzeas e pelas águas cristalinas do rio Alvôco. A ponte está classificada como imóvel de interesse público pelo Decreto 2/96, DR 56, de 06-03-1996.


   Ruínas do castelo de Avô

O Castelo ergue-se numa elevação granítica ladeada pelo rio Alva e pela ribeira de Pomares. Situa-se num ponto estratégico, para dominar a passagem a vau deste último rio e para defesa da primitiva povoação. Tem uma planta poligonal, uma entrada com uma porta em madeira, as ameias (seis) e pode-se imaginar onde se localizaria a torre de menagem.
Atribui-se a sua fundação aos romanos mas ninguém pode assegurar que não tenha origens posteriores, godos e árabes. Foi senhorio de D. Afonso Henriques e pertenceu a Dona Urraca Afonso, sua filha bastarda. É certo que a zona de Avô fazia parte da linha de defesa (com a barreira natural da Cordilheira da Estrela) do território cristão reconquistado, face às terras muçulmanas do Sul.
Mais tarde foi couto da Sé de Coimbra cujos bispos foram seus alcaides-mores.
Este Castelo ao longo dos tempos foi mandando arrasar e reconstruir, conforme as divergências sobre os que detinham esta vila e abandonado no século XVIII por já não ser necessário como local de defesa e interesse militar. Foi Classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto 45 327, DG 251, de 25-10-1963.


Ruínas romanas da Bobadela

A cerca de 3 km a oeste da sede do concelho, existem vestígios valiosíssimos de uma antiga cidade romana datados da segunda metade do século I ou primeira metade do século II. O ponto de grande atracção é o arco romano de volta perfeita onde seria possivelmente a entrada/saída Este do fórum. Outros vestígios foram encontrados, nomeadamente, lápides, uma das quais com a inscrição civitas splendidissima que atesta a importância desta civilização. Outra lápide  encontra-se na fachada da igreja matriz, que faz referência a NEPTUNALE, deus do mar, na mitologia romana. Existe, também, um anfiteatro romano, de forma elipsoidal. Deste modo, as ruínas romanas da Bobadela constituem um monumento cultural importante sendo uma das atracções de excelência do nosso concelho. Classificado pelo Decreto 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910; 26 519, DG 87, de 15-04-1936.


Santuário de Nª Sr.ª das Preces
 

Localizado junto à aldeia de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez, desenvolve-se entre 650 e 750 m de altitude. A sua origem remonta à segunda metade do século XIV, quando no ano de 1371 a imagem de Nª Sr.ª foi encontrada por uns pastorinhos no alto do monte do Colcurinho. Dado o carácter inóspito do local em finais do século XVI ou princípios do XVII, a imagem foi transferida para uma pequena ermida situada em Vale de Maceira, local onde se viria a edificar o actual Santuário. A sua construção terá decorrido durante os séculos XVIII e XIX. Além da igreja, templo imponente de 50 m de comprimento por 10 de largura, com cinco altares, sendo o altar-mor votivo à bela imagem de Nª Sr.ª das Preces e com ricas pinturas no tecto, o santuário integra uma Via-Sacra, com figuras de madeira em tamanho real, um chafariz monumental e um coreto. O conjunto é envolvido por um parque florestal de raro valor e de onde se desfruta uma panorâmica belíssima sobre a região. Espaço de excepcional grandeza arquitectónica, religiosa e paisagística é, por isso, exemplar único na região.  




PATRIMÓNIO AMBIENTAL – As 10 Maravilhas nomeadas


Açude da Moenda

O Açude da Moenda, uma represa construída no século XVIII, em alvenaria de pedra cujo propósito era servir de irrigação aos campos agrícolas a jusante do açude e o de manter em funcionamento um moinho movido a água, situa-se nas margens do rio Alvôco. Ao longo das margens do rio podem-se observar ainda alguns moinhos em funcionamento, o sistema de irrigação comunitária e o magnífico arvoredo das suas margens. Junto ao açude é possível praticar alguns desportos aquáticos e maravilharmo-nos com a transparência da água. No Verão, a praia fluvial de Alvôco das Várzeas convida ao mergulho e a apreciar a magnífica beleza natural do meio envolvente.


Açude do Ervedal da Beira

A pouca distância de Ervedal da Beira e alimentado pelo rio Seia localiza-se este imponente açude com uma queda de água de dez metros de altura e que forma, no seu cabeço, um esplêndido espelho de água de rara beleza. A natureza deste local convida obrigatoriamente a uma paragem para passar um belíssimo dia de Primavera ou de Verão, desfrutando dos tranquilizantes sons da natureza e dos efeitos balsâmicos provocados pela queda de água. É sem dúvida, um excelente local de interesse turístico, particularmente, ao nível do ecoturismo com destaque para a observação de aves ou da prática do turismo de lazer. Um excelente local para levar toda a família e fugir do stress da vida urbana.



                  Açude do Rio Seia

Junto à ponte do Salto podemos observar uma magnífica paisagem moldada pela acção erosiva do rio Seia. Neste segmento do rio existem duas encantadoras cascatas que nos transmitem uma invulgar beleza cénica gerada pelos efeitos da queda de água. O meio envolvente é fantástico, desde a cativante beleza da vegetação que ladeia as margens deste troço do rio, passando pela quietude transmitida pelo som produzido pela água ao embater nas pedras existente no leito do rio. Este é um aprazível local para fazer um belo pic-nic, “dar uns mergulhos” e retemperar as energias. Fica localizado a 3,6 km do Ervedal da Beira e a 13 Km de Oliveira do Hospital.


Afloramento granítico do Formarigo

Formarigo é uma pequena aldeia da freguesia de Penalva de Alva situada na encosta verdejante do Vale do Alva e dotada de uma riqueza ambiental que nos brinda com maravilhosas paisagens. Nesta aldeia podemos observar um magnífico afloramento granítico, único em toda a região, e invulgar na sua forma. Moldado pelos agentes da natureza ao longo de milhões de anos, este geosítio constitui um valioso património geológico que merece ser visitado e admirado. Neste mesmo espaço podemos ainda observar um belíssimo presépio, “O presépio do Alva”, esculpido na rocha. Este afloramento e a bela vista panorâmica sobre Penalva de Alva e área envolvente representam dois atractivos de grande valor turístico.

Jardim do Santuário de Nª Sr.ª das Preces

Integrado no santuário de Nª Srª das Preces, junto à aldeia de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez, podemos observar um verdadeiro jardim botânico dotado de grande biodiversidade de espécies florestais autóctones e exóticas. Num pequeno passeio é possível observar desde árvores centenárias, às majestosas sequóias, espécies exóticas, e outras espécies de grande valor botânico da flora portuguesa. É igualmente possível observar outros encantos do jardim, como sejam os vários lagos, a cascata ou a beleza arquitectónica da escadaria de acesso ao jardim e desfrutar do ambiente calmo que convida ao recolhimento e respirar o ar puro envolvente.


Miradouro da Penha 

O Miradouro da Penha, escondido por entre um vasto pinhal, repleto de recantos de rara beleza natural, está situado junto à aldeia de Póvoa de S. Cosme, na margem esquerda do Rio Mondego e pertence à freguesia de Ervedal da Beira. Este local, situado a aproximadamente 350 metros de altitude, é ideal para um refúgio da vida agitada das grandes cidades e para admirar a beleza e esplendor do percurso serpenteante do rio Mondego. Deste miradouro podemos contemplar magníficas vistas, a norte a Serra do Caramulo, a este a Serra da Estrela e a sul a Serra do Açor. Está também próximo de locais com relevância histórica e arqueológica como o povoado proto-histórico conhecido por Castro do Vieiro.



          Monte do Colcurinho

O Monte do Colcurinho está situado na Serra do Açor a uma altitude máxima de 1242 metros e faz parte da Freguesia de Aldeia das Dez. O seu nome remonta, consoante as versões, à presença dos Lusitanos e dos Romanos. Este monte formou-se há aproximadamente 600 milhões de anos juntamente com a Serra da Estrela. Geologicamente é essencialmente de origem xistosa. É um local privilegiado e de rara beleza que advém do vastíssimo horizonte que se estende da Estrela ao Caramulo e do Montemuro ao Açor. É, provavelmente, um dos locais de onde melhor e, com mais encanto, se pode assistir quer ao nascer, quer ao pôr-do-sol. No alto do monte está a capela da Nª Sr.ª das Necessidade, que faz parte integrante do santuário de Nª Sr.ª das Preces. Existem, também, neste monte vestígios de muros, que se pensa terem pertencido outrora a uma torre de vigia, a um castelejo ou uma atalaia.


Tília

Situada no adro da Igreja Matriz de Oliveira do Hospital, perto da Capela dos Ferreiros, encontramos uma das maiores, senão a maior árvore centenária desta espécie em Portugal com cerca de vinte e cinco metros de altura e perto de sete metros de perímetro. Constitui um imponente exemplar cuja copa, com um diâmetro de mais de vinte e oito metros, pode ser observada em toda a sua magnificência a partir da Primavera. A partir desta altura podemos deleitarmo-nos com o verde luxuriante da sua copa, deliciarmo-nos com a sua bela sombra e desfrutar dos odores que exalam das suas flores, verdadeiros bálsamos olfactivos. E, quiçá, aproveitando a tranquilidade do local, ler um livro e medita.



Vale do Alva

Pelo Vale do Alva corre o rio de mesmo nome que nasce a montante do Sabugueiro. A bacia hidrográfica que percorre todo o Vale do Alva constitui uma mais-valia com inúmeras praias fluviais como as de São Gião, Caldas de São Paulo, S. Sebastião da Feira e Avô que podem ser aproveitadas para uns mergulhos reconfortantes nos dias de estio. As margens deste rio encimadas por densas zonas verdejantes representam um regalo para a vista. O relevo e o enquadramento geológico, de todo o Vale do Alva, constituem um imenso potencial geoturístico para quem aprecia as belezas naturais moldadas por milhões de anos de evolução e acção da geodinâmica externa.


              Varandas de Avô

Nas varandas de Avô podemos encontrar um magnífico miradouro, miradouro de “Varandas de Avô”, que recebeu o seu nome da Rainha D. Amélia, a qual era, reza a história, visita assídua deste local. Deste miradouro pode observar-se a beleza arquitectónica da vila de Avô, emoldurada pelo rio Alva, pela ribeira de Pomares e pelas sublimes paisagens de montanha que a circundam: a Serra do Açor, o Monte do Colcurinho, a Serra da Estrela e a Serra da Lousã. Deste, é também possível observar uma praia fluvial, na ilha do Picoto, que constitui um aprazível local para retemperar energias e desfrutar das águas frescas e límpidas nos dias de calor. É ainda possível aproveitar para fazer um repasto no parque de merendas existente no miradouro e fruir a beleza natural envolvente.